Criatividade e oportunidade: o que o Super Bowl nos ensina?

Fachada do US Bank Stadium, palco do Super Bowl LII

O Super Bowl é mais do que um evento esportivo. Chega a ser uma superprodução com caráter cinematográfico e um grande canal de apostas para investidores e empresas dedicarem, tal como os times em disputa, tudo o que tem por alguns segundos que podem ser a chave para um grande sucesso.

O evento, que é a final do campeonato de futebol americano nos Estados Unidos, a NFL, há anos ultrapassou as barreiras geográficas e conquistou o mundo e, com isso, uma audiência estratosférica: em 2015, 163 milhões de pessoas ao redor do planeta assistiram ao New England Patriots levantar o caneco.

Para quem não conhece o esporte, uma curiosidade importante para a continuidade da leitura: quando cada jogada termina, o relógio para e, em algumas dessas paradas, um intervalo é chamado. Assim, todo o jogo é uma enorme vitrine para várias marcas mostrarem seus produtos e serviços.

Cada comercial tem de quinze segundos a um minuto de duração, o que, para o audiovisual, é muito tempo. E, você tem ideia de quanto custa, para o anunciante, cada trinta segundos de exibição nos intervalos do Super Bowl? Entre cinco e seis milhões de dólares!

Então, é tudo ou nada. As marcas que decidem se mostrar nos breaks do jogo estão dispostas a tudo. Por quê? Porque elas acreditam na importância e na eficácia do investimento na divulgação. Afinal, são 163 milhões de pares de olhos vidrados na TV durante quase quatro horas.

Então, apostam em genialidade. As propagandas exibidas durante o evento se tornaram parte do show. Os anunciantes não podem somente utilizar seus trinta segundos para mostrar sua marca e nada além disso. Têm de cativar a atenção de um público em êxtase pela partida, então é necessário fazer com que a experiência inevitável de assistir a um comercial também seja agradável e prazerosa. Assim, abraçando o que aquele momento representa para o público, os publicitários investem em criatividade para fazer com que aqueles segundos sejam inesquecíveis para o fã de esporte.

Este ano, a Tide, marca de sabão para roupas (Ace, no Brasil), fez uma série de filmes protagonizados por David Harbour, ator que faz o chefe de polícia Jim Hopper, em Stranger Things. Harbour aparece vestido de branco nas quatro peças e, nelas, explica aos demais atores que contracenam a seu lado, que estão em uma propaganda da Tide, ainda que o cenário em nada remeta a um comercial de sabão.

A própria NFL colocou dois de seus jogadores, Eli Manning e Odell Beckham Jr., do New York Giants, para dançar Time of My Life, numa releitura da clássica cena do filme Dirty Dancing, fazendo voltar os olhos de todos os torcedores para esse momento único e inusitado.

A chave é a criatividade e a ousadia. Inovar, porque ninguém quer que um jogo emocionante seja interrompido para dar atenção a mais um comercial comum, a mais do mesmo. Se é para parar, que seja para assistir a algo incrível.

Todas essas movimentações, investimentos, propagandas, vendas não ocorrem somente na noite de domingo do Super Bowl. Ao longo de toda a semana do evento os times participantes e a Liga fazem diversas aparições nos intervalos da TV e em qualquer cantinho das redes sociais mostrando alguma marca que os patrocina.

Dá para dizer que o chamariz do Super Bowl é o apelo. As propagandas sempre chamam para a paixão, a tradição. O que torna a final da NFL o que ela é, é o que ela representa para o país e para cada torcedor fanático. Assim, o simbolismo do evento torna-se atraente para quem quer apostar e levar sua marca ao topo. Tudo isso, é claro, vira cifras. E, como no esporte, ganha mais quem joga melhor.

O que nós, desse lado do globo, aprendemos com isso é que devemos aproveitar o momento. Qualquer um que anuncia no Super Bowl o faz porque enxerga no evento uma grande oportunidade, o que de fato é. Várias marcas utilizam o próprio esporte como elemento chave em suas peças e, mesmo as que não utilizam, abusam da criatividade, originalidade e ousadia para conquistar o público no tempo que lhes é devido.

Então, por que não ousar? Não precisa investir todos os seus recursos em um evento com alcance mundial. Mas, por que não aproveitar os momentos que a sua realidade proporciona para alavancar o desempenho da sua marca no mercado? O Super Bowl nos ensina isso. E não somente o evento: os times também. Vence quem dá tudo de si e aposta em cada momento oportuno para fazer uma boa jogada, inovadora e criativa.

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