O SXSW é um evento que acontece anualmente, desde 1987, em Austin, no Texas. Dedicado às pessoas que trabalham nas áreas de criatividade e inovação, o festival tem o propósito de celebrar a convergência das indústrias criativas em geral, como cinema, música e interatividade.
O evento aconteceu entre os dias 9 e 18 de março no Centro de Convenções de Austin e contou com painéis relacionados aos mais variados temas ligados a criatividade, tecnologia e informação. Mas, para além da mera tecnologia, o foco de todos os debates propostos pelas empresas nestes painéis foi o humano e a importância de se resgatar esta característica humana nas marcas. Mais do que isso, é necessário atentar-se para as transformações que estamos vivendo em todos os aspectos em nosso mundo e adaptar-se a elas como resposta.
Algo que sem dúvidas chamou a atenção nesta edição do SXSW foi a presença, participação e voz das mulheres empreendedoras. Diversos painéis foram coordenados por elas e, de todas as palestras, 95% foram ministradas por mulheres. A questão de gênero esteve mais presente do que nunca antes na história do evento.
Mulheres de grande influência, como a jornalista da CNN, Christiane Amanpour, e Ingrid Vanderveldt, ex-presidente da Dell, apresentaram um projeto de incentivar e empoderar mulheres empreendedoras com um plano ousado: um bilhão de mulheres até 2020.
A mesma jornalista fez questão de mencionar pontos específicos do mundo em que é perigoso existir como mulher e de lembrar a importância destas de conhecerem seus direitos e, aos homens, de respeita-los.
Bozoma Saint John, CBO do Uber, mulher e negra, chamou a atenção de executivos brancos para, além da questão de gênero, a questão racial. Lembrou que, sendo eles maioria numérica, é necessário que tomem atitudes para melhorar a diversidade em suas empresas. “Há 50 de vocês. Há uma de mim… Vocês também têm de fazer barulho”, disse a executiva.
Durante a semana em que ocorreu o evento, o mundo se calou e gritou, ao mesmo tempo, diante da trágica notícia da execução da vereadora carioca Marielle Franco. A delegação brasileira no evento dedicou-se a abrir, ainda que de ultima hora, um painel sobre a parlamentar, chamado “O que #MariellePresente significa para a música brasileira?” Debateu-se, na tarde da sexta-feira, como a música brasileira pode contribuir com o conturbado cenário político e social no país, sobretudo no que diz respeito a violência e racismo.
O cerne de todas as questões debatidas no SXSW de 2018 fixou-se na questão dos relacionamentos. Que não há sentido em utilizar tantas formas de tecnologia sem olhar para o humano. E as notícias que foram chegando no decorrer da semana deixaram tudo isso mais claro do que nunca. De que vale tudo o que conquistamos em tecnologia se não somos capazes de olhar para o lado e enxergar o humano?
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