O Brasil tem vivido, há alguns anos, uma crise política e social que, a cada nova notícia nos jornais, faz com que seja difícil explicar o que está acontecendo por aqui. Com as eleições se aproximando, o turbilhão de informações tende a crescer e inundar a rede todos os dias. No entanto, há pelo menos dois anos, temos visto um termo em inglês ganhar uma aderência cada vez maior e representar um grande perigo para o eleitorado e a população em geral: as fake news.
Fake news, ou notícias falsas, não são uma novidade. Estão aí desde os primórdios da imprensa, das páginas impressas ao telejornal. O fato é que a rapidez com que as informações são disseminadas na internet e a facilidade com que estas são criadas e espalhadas, ajudou muito com que este termo, não somente se popularizasse, como também se mostrasse uma realidade difícil dos nossos dias, que já não estão fáceis.
O momento mais marcante em que o termo foi utilizado na história atual foi a coletiva de imprensa da qual participou Donald Trump, no início de seu mandato como presidente dos Estados Unidos, em fevereiro de 2016. O republicano bradou diante das câmeras e microfones que o repórter da CNN que participava da entrevista era criador de notícias falsas e se recusou a responder qualquer questão feita pela emissora. No entanto, desde antes deste momento, já esbarrávamos com notícias de mentira em diversas páginas que acessávamos na internet, sobretudo nas redes sociais.
Qualquer um de nós já deve ter caído, ou pelo menos escorregado, em uma manchete acusando alguém de algo que não fez ou em um obituário de alguma celebridade que está passando longe da morte, por exemplo. Isso é grave. E existem diversas plataformas do jornalismo que têm se dedicado a investigar e apurar notícias assim a finco, principalmente na esfera política, porque, afinal, os únicos prejudicados com a disseminação de informações mentirosas são o povo. Um exemplo é a Agência Lupa, a primeira especializada em checagem de fatos no Brasil, que, além de trazer à tona fatos reais – com o perdão da redundância – tem espaço aberto para sugestões de checagem e ensina como ser um verificador de informações através de cursos e palestras oferecidos periodicamente.
Mas, com a proximidade das eleições presidenciais no cenário insano que estamos vivendo, existe um medo inevitável de uma enxurrada de informações falsas a respeito de candidatos, suas propostas e partidos, nos próximos meses. Diante de tudo o que tem se falado e visto nos últimos anos e, diante dos acontecimentos recentes envolvendo o tema em outros países, as grandes plataformas se viram forçadas a tomar uma posição e, acima de tudo, atitude.
Nas eleições norte-americanas em 2016 o Facebook foi acusado de ajudar na campanha de Donald Trump através de informações privilegiadas. No último mês de outubro divulgou novas medidas de transparência na publicidade que veicula e combate a notícias falsas. Entre as novas políticas de transparência está a possibilidade de qualquer usuário da rede social ter acesso aos anúncios que a empresa veicula, o alcance que eles têm e qual o investimento em cada um deles, em qualquer página do site. No entanto, isso ainda está em teste e não há previsão de quando a medida deve chegar aos demais países do mundo.
O Google afirmou à Agência Brasil que, de todo o tráfego diário de pesquisas na plataforma, 0,25% é composto por conteúdo ofensivo ou mentiroso. Por isso, desde 2016, trabalha com medidas que visam tornar mais segura a busca do usuário por informações confiáveis. Alguns exemplos são um selo de verificação de fatos, tentativa de impedir a monetização de fake news no AdSense e mudanças no algoritmo para dar privilégio a conteúdos de qualidade verificada.
No mais, cabe a nós, usuários, eleitores e, principalmente, criadores de conteúdo, nos atentarmos às informações que nos rondam através da checagem dos fatos, verificação em diversas fontes e ponderar honesta e criticamente aquilo que está sendo veiculado.
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