Com a premissa de ser uma rede “True Social” (social de verdade, em tradução livre), o Vero chegou quebrando recordes de inscrições, trazendo uma série de problemas técnicos, questionamentos sobre o futuro e até mesmo causando polêmica.
A nova rede social despontou no último final de semana com milhões de cadastros por todo o mundo. Você certamente viu algum amigo divulgando seu perfil em alguma das redes antigas. Como tudo o que é novo, não perdemos tempo em ir atrás para conhecer.
Vero veio para concorrer com o Facebook e o Instagram sendo uma espécie de mistura entre os dois, no entanto, com duas diferenças primordiais: nada de propagandas e nada de algoritmos. Estas duas questões têm sido o principal alvo de reclamações de quem utiliza estes meios, sobretudo depois das recentes decisões do Facebook de diminuir o alcance de determinados tipos de publicação. A nova rede social aparece com a promessa de estourar estas “bolhas” criadas pela segmentação extrema.
Nesta nova rede social é possível publicar fotos, vídeos, links, além de fazer indicação de livros, filmes e músicas. Tem uma área reservada às tendências e assuntos mais comentados a todo momento que, assim como nas outras redes sociais, são facilmente encontrados através das hashtags.
Você pode se conectar com amigos adicionando-os ou seguindo-os. Ao estabelecer uma conexão pode especificar o nível de proximidade classificando a pessoa como amigo íntimo, amigo ou conhecido. Pode simplesmente apenas seguir uma pessoa, se preferir. E, ao fazer uma publicação, escolhe com quem compartilhar: se somente com amigos íntimos, amigos, conhecidos, seguidores ou com todos eles ao mesmo tempo.
Mas, nem tudo são flores. Desde sua explosão, diversos problemas têm aparecido. O mais evidente nos primeiros dias foi a sequência de falhas técnicas que o aplicativo apresentou devido aos milhões de acessos de novos membros. Nos primeiros dias, houve dificuldade de manter o servidor estável e muitos usuários relataram problemas, como, por exemplo, dificuldades de fazer upload de fotos, completar coleções e carregar as opções de músicas e filmes que o aplicativo disponibiliza para recomendar à rede de amigos.
Outra questão que gera dúvidas sobre a permanência do hype e o futuro do aplicativo é a possibilidade de ele se tornar pago. Já que não haverá propagandas, a maneira de lucrar é criando um sistema de assinaturas. Ainda não se sabe qual será esse valor, mas quantos estarão dispostos a pagar para utilizar uma rede social?
Além de tudo isso, diversos usuários já deletaram suas contas e estão fazendo ferrenha campanha contra o aplicativo. Eis o motivo: o CEO da empresa, Ayman Hariri, filho e herdeiro do ex-primeiro ministro libanês Rafic Hariri, era presidente da construtora Saudi Oger. Devido ao que especialistas chamam de mau gerenciamento, a empresa fechou e milhares de funcionários, foram parar, literalmente, na rua da amargura.
Com salários atrasados por mais de oito meses, empregados que migraram de suas cidades para trabalhar na construtora foram deixados em um acampamento no deserto em condições sub-humanas. Esta negligência de Hariri gerou a revolta de centenas de usuários recém cadastrados no aplicativo, que não somente desinstalaram como também estão incentivando que outros também o façam.
A intenção do Vero é acabar com a popularidade, que já vem diminuindo, do Facebook e do Instagram. Há quem acredite que ela é, de fato, inovadora e revolucionárias. Muitos outros creem que será obsoleta como foi o Ello.
E você? O que acha? Acha que a ideia vai vingar e que vamos abandonar as redes tradicionais ou a moda logo vai passar?
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