Este nome complicado de escrever e pronunciar é a sigla para a maior reunião virtual de escritores do mundo inteiro. O National Novel Writing Month (Mês Nacional da Escrita de Romance), que, há muito, deixou de ser nacional e assumiu uma proporção mundial, foi criado em 1999 pelo escritor freelancer de San Francisco (EUA), Chris Baty.
Os participantes (Wrimos) do projeto têm da meia-noite do dia primeiro até às 23h59 do dia 30 de novembro para escrever uma história com, no mínimo, 50.000 palavras. As regras são diretas: você tem este período de tempo para escrever. Nada antes, nada depois. Tema e gênero são livres. De acordo com a descrição do site oficial do projeto, “se você acredita que está escrevendo um romance, então você está”.
É importante dedicar uma parte do seu dia ao NaNoWriMo se quiser ter sucesso. O site oficial faz a contagem de palavras para que seja possível melhor aproveitamento do tempo e organização até o prazo final. Assim, o ideal é que sejam escritas uma média de 1.667 palavras por dia. É considerado vencedor qualquer um que consiga terminar a história até o último dia do mês.
Em 2016, 384.126 pessoas se inscreveram em todos os continentes do mundo. Os membros do projeto no Brasil são 8.969, que estão organizados entre os fóruns de discussão do site do NaNo e também do grupo oficial dos Wrimos brasileiros no Facebook. Entre eles, estão Cláudia Cruz (22), André Caniato (26) e Liz Mendes (28).
Cláudia está participando do NaNoWriMo pelo sexto ano consecutivo e conta que as ideias que dão corpo à história vão surgindo à medida em que escreve: “não sou do tipo que pensa e monta a história e só depois de ter tudo estruturadinho começa a escrever”. Liz conta que às vezes planeja e chega em novembro com tudo em mente, mas que “às vezes vou com a cara, coragem e uma ideia ‘simples’ inicial, e deixo a vida seguir seu curso”, e foi assim que conseguiu ganhar um NaNo pela primeira vez.
André acredita que o maior desafio é o simples fato de escrever. E pelo mesmo caminho também vão Cláudia e Liz, que dizem ser a perseverança e a disciplina as maiores lutas de um Wrimo. “Há momentos em que a gente parece não estar avançando, ou que a história parece ter buracos demais para um dia se tornar algo concreto”, diz Cláudia, e ainda acrescenta: “Por isso que é bom ter uma comunidade que está ali pra te dar uns empurrõezinhos – ou chutes na bunda”. Liz acredita que o desafio de ter disciplina para escrever diariamente pode também ser o maior benefício do projeto, “porque você cria a rotina disso”, diz.
Também é difícil alcançar as metas diárias, apesar de, segundo eles, ser completamente possível. André diz que nem sempre consegue cumpri-las, “tanto é que não consegui ganhar até hoje”, mas tem fé que ainda vai mudar o jogo: “Como diz a Pastora Sarah Sheeva, vai chegar a minha vez!”, brinca. Cláudia conta que também nem sempre consegue atingir as metas, mas que, especialmente este ano, está bem à frente, e ainda dá a dica: “é bom começar à toda no início do mês, porque a partir da segunda semana a gente começa a perder o gás”. 2015 foi o ano que Liz mais teve disciplina com o projeto e, assim, “conseguia cumprir e às vezes extrapolar as metas, escrevendo diariamente”.
Diante de tantos desafios, contudo, os três Wrimos com quem conversamos incentivam a participar. “É difícil explicar como o NaNo é bom, você tem que vivenciar”, diz Cláudia. E Liz aconselha “não se prenda muito ao que os outros estão fazendo… Siga o seu ritmo, mas tente sempre estabelecer uma rotina de escrever, mesmo que sejam poucas frases ou parágrafos”.
Gostou? Até hoje, centenas de romances que tiveram início no NaNoWriMo já foram publicados. Gostar de escrever, ter disciplina e criatividade são os únicos requisitos. Que tal tentar? Você tem um ano inteiro para se preparar!
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