Nos últimos dois anos vimos a tecnologia da realidade virtual chegar mais perto do nosso dia-a-dia. Diversas empresas lançaram não somente os aplicativos e softwares como também os dispositivos para ter acesso a esta nova forma de ver o mundo além do real.
A tecnologia é contínua e nunca parou de evoluir. Com cada novidade é necessário que evolua, também, o trabalho de quem faz tecnologia. Desenvolvedores, designers, programadores, todos têm de aprender continuamente e se adaptar ao novo, da mesma forma que foi quando estivemos diante da tecnologia do touchscreen, por exemplo. Até então, dependíamos de controles, mouses e teclados, exclusivamente, se queríamos selecionar um conteúdo para acessar. Hoje, dependemos unicamente dos nossos dedos, mas, até aí, muito trabalho teve de ser feito.
Agora é necessário pensar além de uma tela em duas dimensões. Hoje encaramos a possibilidade de vestir um acessório que pode nos levar para outro país ou até para outra dimensão, e é necessário adaptar o nosso trabalho para isso, também. Precisamos pensar o design para mais dimensões. Pensar que o usuário verá o que está à sua frente mas também terá de ter a percepção do que está ao seu redor e atrás de si, acima e embaixo. Terá de ter a noção de distância e perspectiva.
Com tudo isso, também é imprescindível pensar na experiência do usuário em todas as esferas. É importante pensar na funcionalidade que óculos de realidade virtual e seus aplicativos terão para o público, claro. Mas, neste caso, é necessário ter uma atenção especial ao conforto psicológico, ambiental e ergonômico que o usuário precisa ter ao utilizar essas novas ferramentas.
Hoje temos diversos problemas, sobretudo posturais, causados pelo (mau?) uso das tecnologias. Os estudos mostram que nossa coluna sofre uma pressão equivalente a até 60 quilos dependendo da inclinação da cabeça ao usarmos o celular, isso sem falar em todos os danos que a má postura ao sentar em cadeiras para mexer no notebook ou desktop traz à coluna. Portanto, não precisamos de mais danos, certo? Assim, é importante pensar no bem-estar de quem utiliza as novas tecnologias.
Muitos usuários de óculos de realidade virtual já relataram, quando utilizando por muito tempo, sentir náuseas e tontura. Para isso, existem vários métodos que podem ser adotados ao criar para essas ferramentas. Um exemplo é sempre colocar um ponto de referência na animação, como uma linha do horizonte, para que a pessoa fixe o olhar ao interagir com o jogo.
O fundador e CEO da Within, uma companhia norte americana de realidade virtual, Chris Milk, afirma que a VR é um mecanismo de empatia, “a oportunidade de caminhar uma milha nos sapatos de outra pessoa”. Com isso, é impossível não se apegar aos conceitos de design thinking e user experience ao criar para VR.
Fique de olho porque em breve faremos uma série de postagens sobre o bom uso da Realidade Virtual!
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