Como que por obra do destino, no dia 8 de janeiro de 1942, exatos 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, nascia Stephen Hawking. Assim como seu predecessor, Hawking parece ter vindo ao mundo para rasgar véus e abrir portas para novas realidades e novos mundos. Como que por obra do destino, hoje, exatos 139 anos depois do nascimento de Albert Einstein, o físico britânico que revolucionou a ciência deixou este mundo.
Aos 21 anos de idade, o jovem rapaz que acabara de se formar em física pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa que permitiria a ele viver somente por mais cinco anos. Mas não foi bem assim que a história se escreveu.
Em 1970, já com renome e atuando como físico no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Hawking parou de andar. 15 anos depois, após ter contraído uma pneumonia e ter um tubo colocado em sua garganta, parou de falar. Como é que, agora, espalharia todo o seu conhecimento pelo mundo? A ciência permitiu que ele, então, falasse através de um computador. Muito provavelmente não há ninguém que saiba como sua voz original soa: ele ficou conhecido pela voz robotizada reproduzida pela máquina e, apesar de a tecnologia permitir que estes sintetizadores tornem o som mais natural, preferiu permanecer falando do mesmo jeito.
Não houve um momento em que a humanidade não tivesse parado para questionar a origem de todas as coisas, do Universo. Assunto complexo e objeto de estudo de Hawking, foi explicado por ele em seu primeiro livro, Uma Breve História do Tempo. Em uma narrativa leve, sem floreios e termos específicos, as 30 milhões de cópias vendidas alcançaram leitores em todo o mundo, que, agora, poderiam expandir suas perspectivas e noções sobre como viemos parar aqui. Stephen Hawking mostrou que a ciência pode ser tocada por todos.
Com o movimento de pouquíssimos músculos, um homem conseguiu ir contra tudo e contra todos para espalhar seu conhecimento científico pelo mundo e terminou a carreira e a vida num posto que anteriormente fora ocupado por outro gênio, Isaac Newton: a cadeira de Professor Lucasiano Emérito na Universidade de Cambridge. Publicou 14 livros, percorreu o mundo inteiro ministrando aulas e palestras e até em um balão ele voou. Quando convidado a participar de um voo da Zero Gravity, que permite uma situação em que a gravidade é nula, disse sentir-se livre da doença.
Hawking dizia que um dia iria para o espaço. Talvez seja este o momento.
Faça uma boa viagem, Professor.
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