O segredo do jornal que cresceu em vendas digitais

O que a Netflix, a Apple e o jornal The Washington Post têm em comum? As três empresas estão na lista das companhias mais inovadoras, da revista Fast Company.

Mas como é que um veículo de comunicação que, em 2018, ainda imprime seus exemplares em gráficas e os distribui diariamente pode estar nessa lista, ao lado de gigantes da tecnologia? Que tipo de inovação pode haver em uma empresa que lucra com uma mídia tão ultrapassada?

Comprado em 2013 por Jeff Bezos, também proprietário da Amazon, o periódico norte-americano tem obtido crescente sucesso em transformar-se e adaptar-se ao digital. De acordo com a revista Fast Company, o jornal conseguiu “trazer a ambição da Amazon também para o setor de mídia”.

Como exemplo de inovação, recentemente o Post criou e passou a comercializar um sistema de publicação de notícias, o Arc. A princípio feito apenas para a redação do próprio jornal, o software agora está no mercado e tem sido adotado por outras grandes redações, além de times de tecnologia e empresas de negócios digitais.

Além disso, somente no último ano, a companhia de Bezos ultrapassou a marca de um milhão de assinantes de seus conteúdos na web. Tudo isso fruto de altos investimentos em tecnologia. Entre esses investimentos estão a contratação de novos jornalistas e especialistas em tecnologia. Também têm mergulhado de cabeça nas redes sociais e na interatividade que elas proporcionam. O Post adotou o WhatsApp como plataforma editorial para compartilhar as notícias diretamente com o leitor como em uma conversa. No Facebook, criaram um bot de mensagens automáticas para interagir com os curtidores da página.

Outro ponto que certamente tem relevância nesse enorme crescimento do número de assinaturas foi a redução do valor destas.

Após a posse de Donald Trump, o periódico sofreu severas críticas da parte do presidente, que não apenas os definiu como fake news, mas como “o pior da humanidade”. Diante disso, o diretor do jornal decidiu bater de frente com o governante e denuncia-lo sempre que mentisse. Em nossa opinião, este também é um outro fator que influencia no crescimento da popularidade do Post, o posicionamento firme na oposição ao governo.

Há quem diga que o jornalismo e as mídias tradicionais estão vivenciando uma crise ocasionada por diversos fatores, como a ascensão da internet, as incertezas financeiras e os escândalos de fake news. Mas, diante de cenários como estes, quem sobrevive é quem consegue olhar além, como fez Bezos e o The Washington Post.

The Washington Post é mais uma lição de que estagnar diante do novo não é uma opção. Diversas empresas de mídias tradicionais têm reduzido a tiragem de seus impressos, fechado suas portas, diminuindo suas redações porque simplesmente não acreditam que é possível que a tradição dos meios de informação e as tecnologias coexistam.

As tecnologias não vão parar de evoluir, e enquanto as empresas não encararem esta realidade e mergulharem no mundo digital, as portas continuarão fechando.

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