Você provavelmente já ouviu pessoas falando em valor de marca. Esse termo pode parecer algo que está na moda e logo vai passar, e talvez você nem tenha se dado ao trabalho de pesquisar mais profundamente sobre o tema. Mas acredite: entender qual é o valor da sua marca pode mudar completamente a sua perspectiva sobre a maneira como você se comunica e se posiciona.
Antes de mais nada, vamos conferir um fato: como você respondeu ao título deste artigo?
Se a sua resposta foi apenas um número, é bom pegar um café, pois você está prestes a descobrir muitas coisas.
Isso porque apesar da palavra “valor” muitas vezes remeter a um cálculo ou preço, quando ela está atrelada à sua marca, a história fica bem diferente. Não entendeu? Vamos para um exemplo:
A Apple, marca que dispensa apresentações, tem um valor de marca estipulado em US$ 408,2 bilhões. É bastante coisa! Mas o que será que isso significa? Bom, se você colocasse na ponta do lápis o que foi investido em cada uma das fábricas, lojas e instalações da empresa, além é claro do estoque de produtos e dos salários de cada colaborador e stakeholder, o seu resultado seria bem menor do que esse.
Mas então, qual é a razão da Apple valer tanto?
É que muito além de um produto, essa companhia está vendendo um estilo de vida. As pessoas não compram um iPhone por preços bem mais altos do que a média do mercado apenas pela montagem e pelas funcionalidades do produto: elas pagam pela ideia que a Apple transmite, bem como seus valores e sua proposta.
É que mesmo que uma companhia concorrente desenvolvesse um celular com a mesma potência técnica, a mesma tecnologia e o mesmo estilo, ele dificilmente seria vendido pelo mesmo valor.
Esse pequeno “déficit” entre o que uma marca pode — ou não — cobrar, é o que chamamos de valor de marca.
Essa pergunta pode parecer complexa, mas acredite: você faz isso diariamente. Quando você coloca um produto na sua prateleira, como por exemplo um quadro exclusivo da sua marca, não está vendendo apenas a moldura, a tinta, a mão de obra e a tela, certo? Está vendendo também a experiência que um cliente tem ao entrar no seu espaço (ou visitar seu site), ser atendido, sentir o produto, ser orientado, comprar e, por fim, participar de um processo de pós-vendas.
Portanto, os motivos pelos quais você pode cobrar R$10,00 ou R$1000,00 em uma peça, já fazem parte da definição do seu valor de marca. Entretanto, existem alguns fatores que podem lhe ajudar a entender ainda mais esse pensamento:
Quando um consumidor em potencial entra na sua loja ou no seu site, quais são as energias que ele sente? Quais são os sentidos dele que estão sendo aguçados para proporcionar um momento inesquecível e um consumo ainda mais especial? Talvez, pensar na experiência do seu cliente possa ser o caminho para aumentar o seu valor de marca.
Uma boa recomendação é utilizar o Storytelling para transmitir ao seu público o que acontece por trás de cada compra e negócio que você realiza. Procure mostrar de onde sua matéria-prima vem, ou quem são seus colaboradores e como eles contribuem para o resultado que está chegando ao cliente.
Por exemplo, vamos supor que você venda pães de queijo. Pode parecer um produto simples, mas ele passou por uma enorme saga até chegar em suas prateleiras. Desde o trigo colhido para a farinha até o queijo produzido em uma fazenda que se preocupa com o bem-estar dos animais, existiu um cuidado em cada detalhe da produção.
Então, por que não se beneficiar disso contando uma história? Pessoas amam protagonistas, mesmo que ele seja um simples e simpático pão de queijo! E isso pode funcionar com você e com a sua marca!
Não importa se você vende um produto mais acessível e temporário ou algo que vai durar por gerações. Cada uma dessas opções tem um contexto e ambas são extremamente necessárias. Mas é importante, de fato, levar isso em consideração na hora de determinar seu valor de marca. Afinal, estar alinhado ao que você procura proporcionar é essencial para criar uma autoconsciência acerca do seu posicionamento.
Por muito tempo, ao falar de público-alvo, o mercado compreendeu apenas o que era palpável e estava na superfície, como idade, gênero, classe social e região demográfica. Hoje, no entanto, sabe-se que a compreensão sobre uma persona de consumidor vai muito além disso.
É preciso entender onde eles vivem, o que consomem no tempo livre, o que almejam e, principalmente, o que você representa para eles.
Voltemos ao caso da Apple. Apesar de ser um produto relativamente caro, é possível ver pessoas de diferentes classes sociais adquirindo seus celulares. Isso acontece porque, para eles, vale a pena investir nessa marca.
Não poderíamos deixar de citar, é claro, a identidade visual. Se engana quem pensa que isso não tem nada a ver com valor de marca. Muito pelo contrário! Quando o público identifica um trabalho sério de design — e acredite, eles identificam — percebe que trata-se de uma empresa legítima, séria e que conta com uma operação para proporcionar informações claras e genuínas aos seus clientes.
Isso traz uma sensação de confiança indispensável para quem quer aumentar seu valor de marca. Afinal, não dá para imaginar uma empresa que cobra caro anunciando com peças mal produzidas, né?
Falar em pós-venda é falar em fidelização. E se tem algo importante para o valor da marca, é a esse recurso. Você dificilmente melhorará seu desempenho se não conseguir conquistar clientes fixos e estimulá-los a voltarem a lhe visitar.
Mesmo que seu produto seja algo mais pontual como uma viagem, é importante continuar se comunicando e se tornar uma fonte segura de informações e aprendizado. São atitudes pequenas como e-mails com datas comemorativas, peças divertidas e ações inteligentes que lhe permitem marcar o seu espaço na mente e no coração dos consumidores.
Pronto. Agora você entende o que é valor de marca e como melhorar o seu. Mas talvez esteja se perguntando por onde começar, com quem contar e como fazer isso tudo.
Nossa primeira dica é: tenha calma! Essas coisas não acontecem do dia para a noite. É preciso investir tempo e cuidado nas suas ações, construindo uma relação e proporcionando ações que sejam assertivas na transmissão dos seus valores para o público.
Uma boa forma de fazer isso é encontrando uma empresa que entenda de branding e design. Aqui no Grano Studio, por exemplo, contamos com uma equipe qualificada e preparada para proporcionar soluções que vão além do design, unindo pensamento estratégico e alto desempenho para mudar a forma como marcas de todos os portes se apresentam.
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